☽ Sabias que o herbalismo era a forma de medicina principal até ao século XVII?
A cura passava essencialmente por plantas e minerais, preparados sob diversas formas: infusões, decocções, óleos, destilações, tinturas, xaropes, elixires, essencias, pós, abluções, defumações, fumigações, vapores, unções, macerações, cataplasmas, banhos de todo o corpo ou zonas específicas, dietas, saquetas de ervas. Com finalidades de Cura física, mental e etérica.

☽ Alquimistas, curandeiras/os, ervideiras, benzedeiras, parteiras e até camponeses comuns viviam uma estreita relação com a natureza Viva e escutavam, sentiam e experimentavam o uso de plantas enquanto medicina combinando saber tradicional passado ao longo de gerações, empirismo, intuição e observação atenta. Os herbalistas nunca desapareceram totalmente da sociedade até hoje, embora tenham sido alvo de críticas, preconceitos, punição e inquisição.

☽ Com o desenvolvimento da industrialização a ciência médica começa a poder usar extratos e compostos sintéticos e o herbalismo vai sendo considerado simplista e arcaico.

☽ O herbalismo é uma herança cultural tribal, tradicional, de resgate fundamental na cultura europeia. Encontramos nele métodos e saberes que compõe a medicina popular e tradicional, e é tão rico que varia de região para região no mesmo país. Não substitui a ciência médica, mas pode complementa-la, devolvendo-nos autonomia na saúde e espiritualidade bem como educando para o auto-cuidado e relação de inter-conexão entre o corpo e a natureza.

☽ Este sentido de pertença e semelhança já é parte da cura. Ao pertencer à Terra Viva sabemos que ela traz a cura e não apenas o desequilíbrio. Que cada planta tem um poder que podemos aprender a conhecer com reverência, e isso é intimidade com a Vida.