Os ciclos de fertilidade, as estações sazonais do corpo feminino influenciam de forma profunda tudo aquilo que experienciamos e somos enquanto mulheres. Reconhecer as suas quatro fases no corpo e na alma, é essencial para viver plenamente em si mesma.

Como a Serpente, assim a Mulher muda de pele a cada mês como o revestimento uterino, sangra com sacralidade e reclama o sangue como fértil. Alterar a atitude predominante de sangue desconfortável, sujo e descartável para sangue abençoado, purificador, regenerador e nutridor cura a cisão entre o corpo e a alma da mulher.

Permitindo-nos ser plenamente conscientes das fases da nossa criatividade, afectividade, sexualidade, produtividade, espiritualidade e sobretudo da nossa linguagem fisiológica individual na sua expressão inteligente e única.

Cultivando a capacidade de nos libertarmos de imagens condicionantes acerca de quem somos, e tirando partindo dos ciclos para nos podermos re-criar numa versão amplificada, mais saudável e rica de nós mesmas a cada fase.
Integrando os aspectos psico-emocionais cruciais da Mãe Negra, escuridão uterina e primordial. Essa Mãe de quem todos viemos e a quem todos regressamos, a que tem em si os fenómenos da fermentação, decomposição, fertilização, germinação, vida-morte-vida. Da Terra ao espírito.

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